Madrugada de sábado, noite gostosa de verão e você… Trabalhando. Não é um cenário muito agradável, mas é a realidade de muito freela por aí – seja porque a tarefa era maior do que o esperado, porque acabou ficando pra última hora, ou até porque não tem o costume de calcular quantas horas um projeto vai tomar.
Perder o controle sobre seu horário não é apenas uma sensação ruim: além dos problemas de saúde decorrentes de trabalhar em excesso, isso pode significar até uma perda financeira, já que o profissional freelancer costuma ganhar por projeto.
O freela brasileiro hoje
Segundo a Payoneer’s Global Gig Economy Index, o Brasil é o terceiro país no mundo em que o mercado de freelancers mais cresce em arrecadamento, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Uma pesquisa conduzida pela empresa de marketing Rock Content revelou que, hoje, 33,7% dos freelancers no Brasil se dedicam a essa modalidade de trabalho em tempo integral e 27,2% não tem rotina definida.
Os dados ainda sustentam que a média de tempo diária que os freelas trabalham é 6,3 horas – levando em consideração tanto os autônomos em tempo integral quanto os que combinam a atividade com um emprego fixo – e 17,1% deles considera que trabalha mais do que deveria.
Como organizar seus horários se você é freela
Ter um regime de trabalho saudável, com horas bem organizadas, é importante para manter a produtividade (e a sanidade) a longo prazo. Veja algumas dicas:
1. Tenha uma rotina
Não é porque você está em casa que não é necessário ter uma rotina. Trabalhar da cama ou usando pijamas pode até parecer uma boa ideia – conforto em primeiro lugar, certo? No entanto, um artigo da Journal of Experimental Social Psychology defende que o rendimento aumenta quando usamos roupas com significado simbólico, ou seja, que se relacionam de alguma forma com a área profissional.
A mesma coisa se aplica ao controle de horas. Trabalhar demais causa uma queda em produtividade; trabalhar de menos não segura a entrega. Portanto, mesmo que valorize a flexibilidade, tenha um horário fixo: saber quando é o momento de começar e finalizar o dia ajuda a estabelecer parâmetros, mesmo que eles sejam quebrados de vez em quando.
2. Encontre tempo para pausas
Há quem prefira não pausar o trabalho, pensando que está perdendo tempo que vai ter que ser compensado depois. A ciência sugere exatamente o oposto: pausas programadas estimulam a criatividade para resolver problemas.
Uma boa maneira de incorporar essa prática à rotina é estabelecer metas ao longo do dia – dar uma parada para esticar as pernas ou tomar um café a cada tantas horas pré-determinadas, ou ao fim de cada pequena tarefa, por exemplo.
3. Seja flexível – mas com limites
Flexibilidade é um dos valores mais preciosos para um freela – a pesquisa da Rock Content aponta essa como a segunda maior motivação dos profissionais que adotam esse modelo de trabalho. Então, sim, use e abuse dessa vantagem, mas não deixe ela te dominar.
Ter horários flexíveis não significa que os clientes possam te ativar a qualquer momento e esperar resposta imediata.
Portanto, seja claro sobre como você trabalha: combine com o cliente como e quando ele pode te contatar e viva de acordo com as mesmas regras – dentro do possível, não cheque seu e-mail profissional fora do horário e otimize suas ferramentas para as modalidades de negócio. O WhatsApp, por exemplo, permite habilitar a versão Business para clientes e a pessoal para o resto das pessoas.
4. Entenda qual ambiente te faz render mais
Talvez a sua casa seja o ambiente de trabalho perfeito. Ou, talvez, seja um convite constante para tirar um cochilo no sofá ou atacar a geladeira. Trabalhar de casa exige bastante disciplina e, para algumas pessoas, pode prejudicar o foco e a produtividade.
Para quem tem esse tipo de dificuldade, vale a pena explorar alternativas – cafés, co-workings e livrarias podem ser boas opções.
5. Tire férias
Por favor, tire férias! Segundo a Rock Content, 42,3% dos freelas não reservam essa época de descanso no ano. Acontece que, tal qual o horário saudável de expediente e as pausas, as férias melhoram a performance – ou seja, dar-se esse momento é importante para a longevidade da sua carreira como autônomo.
Segundo o Harvard Business Review, nossa habilidade de trabalhar (e render) bem diminui de maneira significativa quando não há um período de descanso longo.
É claro que, para o profissional freelancer, há uma dificuldade a ser levada em conta: as férias não são remuneradas. O que nos leva ao nosso último ponto…
6. Planeje, planeje, planeje
Um freela precisa, acima de tudo, ter suas finanças bem organizadas para conseguir viver da maneira mais otimizada e saudável possível.
Saber cobrar bem por sua hora, calcular sua entrada e saída de dinheiro, guardar para o futuro e ter uma reserva de emergência são habilidades necessárias – afinal, fica difícil não ir acumulando mais e mais trabalho se você não sabe como será o mês que vem, certo?
Pode parecer uma tarefa complexa, mas controlar suas finanças pessoais vai ficando cada vez mais fácil conforme você pratica. Veja por onde começar:
Como se preparar para a aposentadoria se você é freela
Como economizar dinheiro: um guia para começar a guardar
5 passos para começar a organizar suas finanças pessoais
Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história aqui.
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