Julho foi um mês difícil para quem não gosta de frio – e para algumas culturas agrícolas cultivadas no Sul, no Sudeste e até no Centro-Oeste do país também.
Com a queda brusca nas temperaturas, plantações de diversos itens comuns no dia a dia de milhões de brasileiros foram afetadas, como milho, café e cana-de-açúcar. A pergunta que fica é: o preço dos alimentos vai subir? Entenda abaixo.
Primeiro, como a temperatura impacta a agricultura?
Cada tipo de plantação exige uma condição climática para se desenvolver: temperatura, quantidade de água, horas de sol, entre outros fatores. Quando uma variável foge do ideal, a planta corre o risco de não crescer tão bem – ou, nos piores casos, até morrer.
É por isso que, quando a temperatura cai de forma brusca, plantações que não se dão bem com o frio são diretamente afetadas. A planta não se desenvolve como deveria, a colheita fica menor, e a quantidade de produto disponível também diminui.
Em São Paulo, por exemplo, cerca de 20% da área de plantação de café foi afetada pela onda de frio em julho, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp). Com isso, o rendimento e a qualidade dos grãos deve ser menor nesta safra.
Outros itens bastante afetados pelo frio foram o milho e a cana-de-açúcar, segundo a Faesp.
Com isso, o preço dos alimentos vai subir?
Ainda é cedo para dizer exatamente quanto o preço dos alimentos vai subir, mas já dá para afirmar que o consumidor vai sentir no bolso os impactos do frio.
É aquela velha regra da oferta e da demanda. Com a queda na temperatura, a oferta de itens como milho, café e cana-de-açúcar vai diminuir. Com a oferta menor, mas a demanda igual, o preço desses itens deve subir e impactar o orçamento dos brasileiros.
E não é só o valor desses itens que deve aumentar. O milho, por exemplo, é usado para alimentar bovinos, suínos e aves. Com o aumento no preço, o custo para os produtores também aumenta e deve ser repassado no valor final da carne.
A cana-de-açúcar, por outro lado, é usada para produzir etanol. Com isso, o preço do combustível aumenta e eleva também o preço do transporte, impactando o valor dos fretes e deixando itens transportados mais caros.
Quais itens devem ficar mais caros?
- Milho;
- Cana-de-açúcar;
- Café;
- Etanol;
- Carne;
- Soja;
- Trigo.
Ou seja: além dos pés gelados, você também vai sentir o bolso mais pesado com essa onda de frio.
E o que fazer para fugir da alta dos preços?
Quando o preço de algum item sobe, o segredo é pesquisar: seja estabelecimentos com valores mais baixos, seja outras alternativas para substituir determinado produto caso ele não caiba nas suas finanças com o preço mais alto.
Se não for possível substituir, é importante acompanhar as contas com atenção para não perder o controle do orçamento e, se necessário, fazer ajustes.
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