Pense em um programa típico de sábado à tarde. Ir ao cinema, comer um hambúrguer no shopping, passar naquela loja de departamento para pegar umas blusinhas. E tudo isso pago, é claro, com as suas criptomoedas.
Fazer compras com as moedas digitais ainda não é tão simples quanto utilizar o cartão de crédito ou o Pix, mas, quanto mais elas se popularizam, mais aumentam as formas de usar esses ativos digitais.
Muitos estabelecimentos já aceitam criptomoedas como pagamento, tanto no Brasil quanto em outros países. Entre eles estão lanchonetes, lojas de roupas e até construtora de imóveis. Mas também existem várias outras formas de usar as criptomoedas.
Se você já se perguntou “o que eu posso fazer com criptomoedas?”, confira a resposta a seguir.
O que são criptomoedas?
Criptomoeda é o nome genérico para moedas digitais descentralizadas. Em outras palavras, as criptomoedas só existem na internet. É por isso que elas também não podem ser tocadas, diferentemente das moedas que já utilizamos no nosso dia a dia, como o real, o dólar e o euro, por exemplo.
Por isso, elas também não podem ser guardadas em carteiras físicas, cofres e nem embaixo do colchão.
As criptomoedas também podem ser definidas como uma espécie de dinheiro virtual descentralizado, ou seja, não existe um órgão ou governo responsável por intermediar, controlar ou autorizar as emissões e transações dessas moedas. Quem faz tudo isso são os próprios usuários, pessoas comuns espalhadas pelo mundo.
A tecnologia por trás das criptomoedas é o blockchain. De forma resumida, esse sistema funciona como um livro onde todos os dados são registrados. Ele permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet. São pedaços de código gerados online que carregam informações conectadas, como blocos de dados que formam uma corrente – daí o nome (block = bloco, chain = corrente).
O nível de segurança é bastante alto no blockchain. Os usuários da rede validam todas as transações de criptomoedas. Isso traz mais confiança para o sistema.
Para que servem criptomoedas?
As criptomoedas podem ter muitas utilidades. Em várias delas, a tecnologia usada para criar a moeda digital pode resolver um problema, como aumentar a segurança de transações financeiras.
O bitcoin, por exemplo, foi responsável por popularizar o blockchain. Já a rede Ethereum permite até mesmo a criação de novas criptomoedas a partir da sua tecnologia.
Quanto mais importante for a função da moeda, mais pessoas irão usá-la e maior será o potencial de ganhos no longo prazo.
As criptomoedas também servem para realizar transações de compra de produtos e consumo de serviços, ou seja, como meio de pagamento e até como reserva de valor.
Veja a seguir o que você pode fazer com criptomoedas.
O que eu posso fazer com criptomoedas?
Comprar e vender
Realizar transações de compra e venda talvez seja o uso mais óbvio para uma criptomoeda. Em outras palavras, você pode comprar uma criptomoeda por um determinado valor e esperar para vendê-la mais cara em algum momento.
Mas é preciso lembrar que as moedas digitais são ativos financeiros de alto risco e com grande volatilidade, ou seja, os preços oscilam constantemente. Por isso, elas são recomendadas para quem tem um perfil de investidor mais experiente.
O ideal é comprar criptomoedas com foco no longo prazo. Além disso, comece aos poucos, investindo pequenas quantias até que você se sinta mais seguro para arriscar um pouco mais.
Emprestar
Você sabia que já é possível emprestar criptomoedas? Nessa opção, você pode emprestar as suas moedas digitais para outra pessoa e, em troca, recebe o pagamento de juros. Exatamente como em um empréstimo convencional.
Isso é possível graças ao sistema DeFi (sigla em inglês para finanças descentralizadas). O DeFi funciona como os serviços bancários que você já conhece, mas rodando dentro do blockchain. Isso significa que todas as transações acontecem de forma independente e descentralizada, controladas e validadas pelos próprios usuários da rede, sem interferência de bancos ou governos.
Todo o processo de empréstimo é intermediado pelas exchanges, as corretoras especializadas em criptomoedas. Cada instituição financeira tem regras próprias para os empréstimos. Em muitos casos, quem pega o empréstimo precisa deixar uma garantia e respeitar um prazo para pagamento.
Comprar produtos e serviços
Com a popularização das criptomoedas, cada vez mais estabelecimentos adotam esses ativos digitais como forma de pagamento. Nos Estados Unidos e na Europa, já existem cerca de 30 mil empresas que aceitam esse tipo de ativo.
Entre os itens que podem ser pagos com criptos estão:
- Passagens aéreas;
- Ingressos de cinema;
- Mensalidades de universidades;
- Imóveis;
- Carros;
- Roupas;
- Refeições;
- Pacotes de viagem;
- Jogos de videogame;
- Ensaios em estúdios de fotografia;
- Tratamentos em clínicas de estética.
No Brasil, ainda são poucos os lugares que aceitam as moedas digitais, mas os produtos já estão bem diversificados.
Em dezembro de 2021, a construtora de imóveis Even começou a aceitar pagamento em criptomoedas. Grandes empresas varejistas também já recebem moedas digitais, como McDonald’s, Ifood, Carrefour, Americanas e Centauro.
Na maioria dos casos, as lojas ainda usam intermediários para as transações. Os chamados gateways (portas de entrada, em uma tradução livre) recebem as criptos do cliente e enviam o dinheiro para o vendedor.
Além disso, existem sites como Bitrefill, por exemplo, que oferece vale-compras de centenas de lojas brasileiras com pagamento via criptomoedas.
Reserva de valor
Algumas pessoas também usam as criptomoedas para reserva de valor. Esse é o nome dado aos bens e ativos que têm a função de preservar o seu poder de compra ao longo dos anos.
Em outras palavras, eles servem para proteger o seu patrimônio e para manter o valor conquistado em qualquer cenário econômico.
Normalmente, as pessoas criam suas reservas de valor em ativos que sejam resistentes à perda do poder de compra. O ouro é um exemplo, bem como o dólar. Aliás, até quando o dólar não vai bem, o ouro acaba sendo uma opção.
Mas usar criptomoedas para essa finalidade ainda é um assunto polêmico. Alguns especialistas dizem que elas ainda não podem ser consideradas seguras e estáveis por conta da alta volatilidade e da falta de regulamentação que gera insegurança.
Já para outros especialistas, a volatilidade está bem perto de diminuir por conta do aumento de adeptos (isso traz liquidez e confiança) e projetos de regularização em andamento.
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