O Pix é o novo meio de pagamentos do Banco Central. Ele foi lançado em novembro de 2020 e, desde então, está disponível para que todos os brasileiros façam e recebam pagamentos instantâneos a qualquer momento — 24 horas por dia, 7 dias da semana.
E, pouco mais de três meses depois do seu lançamento, os números mais recentes do Pix nos apontam que poder fazer pagamentos fora do horário comercial e também durante os finais de semana é uma das necessidades dos brasileiros melhor atendidas por ele: a edição mais recente do Data Nubank descobriu que 38% das transferências via Pix são feitas fora do horário comercial, a partir das 17 horas, olhando para os dias úteis da semana.
Ao olhar para as transferências via Pix incluindo sábados e domingos, essa porcentagem sobe para 49%.
Ou seja: os dados apontam que de fato existe demanda por parte dos consumidores em realizar transferências nesses dias.
Vale lembrar: antes, essas transações eram concluídas somente nos dias úteis, e nem sempre na mesma hora; o pagamento de um boleto, por exemplo, pode levar até três dias úteis para ser concluído.
E as TEDs?
Em contraste com o Pix, as transferências via TED são realizadas com maior frequência na primeira hora comercial e vão decrescendo ao longo do dia. Além disso, a periodicidade das TEDs é maior no começo da semana e vai diminuindo ao longo dos dias úteis.
A explicação: às segundas e terças feiras há um número maior de transações por causa do acúmulo das transferências que poderiam ser feitas durante o fim de semana.
Com relação aos horários, há uma concentração de operações às 6h da manhã, horário em que as transações programadas fora do horário comercial são processadas.
No caso das transferências via Pix, a distribuição é mais homogênea ao longo do dia.
Mais Pix, menos TED
Uma das dúvidas em relação ao lançamento do Pix era se ele impactaria no número de transações feitas usando outros meios de pagamentos – e, no que diz respeito às TEDs, houve, de fato, um impacto.
Desde o lançamento do Pix, em 16 de novembro, as transferências via Pix vêm apresentando um grande crescimento, mas até o dia 6 de dezembro de 2020, sempre em menor quantidade do que transferências via TED.
A partir dessa data, o volume de transferências via Pix ultrapassou as via TED, mostrando que houve, por parte dos usuários, uma substituição de meio de pagamento. No geral, o Pix já ultrapassou a TED tanto em volume movimentado quanto em número de transferências.