Quem segue o Nubank nas redes sociais talvez já tenha visto o nome NuBlacks ser citado em alguns momentos. O mais recente deles foi em junho, quando nos posicionamos a favor do movimento internacional Black Lives Matter (BLM) – que, no Brasil, também ganhou espaço com as hashtags #VidasNegrasImportam e #VidasPretasImportam.
Hoje, o BLM já não é mais destaque nas notícias, mas as pautas que englobam o movimento continuam relevantes e urgentes, como sempre foram.
Seguir com as discussões é fundamental – e é por isso que, um mês depois do nosso posicionamento público, gostaria de dividir um pouco mais sobre quem somos e como funciona o NuBlacks.
Afinal, o que é o NuBlacks?
O NuBlacks é um grupo de afinidade de pessoas negras do Nubank. Ele funciona como uma comunidade para compartilhar experiências, dar acolhimento e criar um ambiente de discussão e troca de conhecimentos relacionados à cultura afro.
A comunidade NuBlacks surgiu em 2019 a partir de discussões na Guilda de Diversidade do Nubank – um espaço de debate mais amplo sobre questões ligadas à diversidade.
Em uma dessas conversas, eu e dois colegas compartilhávamos o mesmo sentimento de solidão por sermos alguns dos poucos negros dentro da empresa. Então, um deles tomou a iniciativa de criar um grupo na nossa ferramenta de comunicação interna – enquanto eu fiquei responsável por convidar as pessoas que se autodeclaram negras ou pardas a fazer parte dessa comunidade.
Passamos a realizar reuniões mensais e eventos e, atualmente, já somos mais mais de 140 pessoas no grupo.
Eu enxergo o NuBlacks como um portal: É um canal aberto para acolhimento onde eu, como pessoa preta, consigo me abrir com meus colegas e falar das minhas angústias e ambições em relação à empresa. E eu sei que serei ouvida e compreendida por eles.
Como começar um grupo de afinidade
As empresas precisam garantir espaços seguros para dar visibilidade aos grupos de afinidade, sejam eles étnico-raciais, de gênero, sexualidade, PCDs ou qualquer outro. O que quero dizer com isso?
Permitir que um canal de mensagens, grupo de e-mail ou encontros (virtuais, no momento da pandemia) aconteçam; garantir um fluxo de informações, com pessoas da liderança sênior dispostas a conversar e ouvir representantes desses grupos.
Ouvir, aqui, é a palavra chave
Ouvir o que os grupos de afinidade têm a dizer é de extrema importância e pode ajudar qualquer empresa a se tornar mais forte com as diferentes perspectivas trazidas. Além de dar voz, é importante criar ações afirmativas para esses grupos – identificar problemas e estar disposto a, de fato, buscar soluções internas e externas.
Na minha visão, o NuBlacks tem o papel de lembrar a todos que, nós pessoas pretas, existimos e queremos o nosso espaço no mercado de trabalho e o devido reconhecimento e respeito pela nossa trajetória. Além disso, estamos aqui para dizer que precisamos de mais pessoas negras no ambiente corporativo e em cargos de liderança.
Não é uma mensagem simples e muito menos uma lista de problemas com solução imediata – mas sei que estamos sendo ouvidos.
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