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Renda variável: o que é ...

Renda variável: o que é e como investir

Eles podem oferecer um bom retorno, mas são muito mais arriscados. Veja se são uma boa opção para o seu perfil.



Investimento Renda Variável

Quem está prestes a começar a investir ou é um investidor iniciante já se deparou com a expressão Renda Variável – mas, afinal, o que são investimentos em renda variável?

Basicamente, renda variável é um tipo de investimento em que, como o próprio nome sugere, não é possível saber o quanto seu dinheiro vai render em determinado período. É um investimento muito volátil e de alto risco – ou seja: o investidor pode ganhar e perder dinheiro muito rapidamente.

Por conta disso, a possibilidade de lucro nos investimentos de renda variável também é maior. Lembre-se: a rentabilidade e o retorno de um investimento estão atrelados ao risco que ele oferece. 

Portanto, no caso dos investimentos de renda variável, o risco é alto e a chance de multiplicar seu dinheiro, também.

Principais tipos de renda variável

Existem vários aspectos que podem intervir diretamente no retorno dos ativos, fazendo com que o valor dos títulos sofra alterações diárias. Na categoria de Renda Variável, por exemplo, podemos destacar diversos ativos como Ações, Fundos de Investimento, Fundos Imobiliários, bem como contratos futuros, dividendos, moedas estrangeiras, opções e ETFs (Exchange Traded Funds, em português os Fundos de Índice). 

A seguir, você encontra as características principais de alguns deles.

Ações

O tipo de investimento em renda variável mais conhecido são as ações de empresas. Uma ação é uma pequena parte de uma empresa; quando um investidor compra ações de determinada empresa, ele se torna sócio dela.

O preço de cada ação é determinado pelo mercado de ações, seguindo a lei da oferta e demanda: quanto maior o número de pessoas comprando a ação, mais cara ela tende a ficar; e vice-versa.

Além disso, notícias sobre a empresa, o mercado em que ela atua, política brasileira e exterior podem afetar o preço da ação. Em um mesmo dia, as ações podem ter “altas” e “baixas” em seu preço. 

Resumidamente, os lucros e prejuízos com ações acontecem, respectivamente:

  • Lucro: Quando um investidor compra uma ação por determinado valor e a vende por um um preço ainda maior;
  • Prejuízo: Quando um investidor compra uma ação por determinado valor e a vende por um preço menor do que aquele que pagou;
  • Alguns tipos de ação também dão direito à participação nos lucros da empresa.

Por isso, não se esqueça: em geral, os preços das ações estão em constante movimento devido às ofertas e demandas do momento. Qualquer um que esteja corretamente registrado na Bolsa de Valores pode obter uma ação e fazer parte do grupo de acionistas de uma empresa.

Câmbio

O câmbio, de forma simples, é definido como a aposta de variação em uma moeda específica. Em outras palavras, assim como nas ações, o câmbio é bem vulnerável. Isso acontece porque as moedas sofrem grande instabilidade ao redor do mundo.

 Levando em consideração o valor desembolsado pelo investidor, ele pode lucrar ou sair no prejuízo em um curto período de tempo. Por exemplo, se as pessoas compram mais dólares do que vendem, a moeda estadunidense fica mais valorizada do que o real e vice versa.

Ouro

O investimento em ouro é essencial na hora de proteger seu dinheiro durante os momentos de inflação. Por ser um recurso precioso e escasso, ele gera uma certa segurança no mercado de Renda Variável. 

Ou seja, é uma opção de compra comum entre os investidores com mais experiência. Por outro lado, antes de optar por esse investimento, é necessário ter em mente que o ouro também sofre grandes alterações, como as ações e o câmbio. Com isso, pode resultar em lucros ou perdas em um instante.  

Saiba mais sobre o ouro no conteúdo “Por que o ouro é um investimento?”

Derivativos

Os derivativos podem ser vistos como o investimento mais agressivo da área. 

Na prática, eles derivam de outros ativos, tanto os físicos, como o ouro, quanto financeiros, como as ações. Indicados para perfis de investidores mais agressivos, os derivativos dependem dos ativos alheios para conseguir atuar na Renda Variável. Bem como nos outros exemplos, aqui você também ganha com a variação positiva das aplicações e perde com a negativa.

Vantagens da Renda Variável

A principal vantagem dos ativos de Renda Variável é o fato de que você poderá atuar em qualquer período, seja um dia ou mais. E você pode ficar sossegado: a compra e venda dos investimentos é super fácil e simples de realizar. Todos os procedimentos são feitos por corretoras de valores, quando e onde você quiser por plataformas online.

Portanto, pela possibilidade de alto retorno, a renda variável é uma ótima escolha para quem ainda não está muito acostumado com o universo de investimentos e da Bolsa de Valores.

Desvantagem da Renda Variável

Como ponto negativo, podemos destacar a dificuldade de saber em qual negócio investir, assim como o valor a ser destinado. Por serem diretamente afetadas pelos ciclos político e econômico da nação, o desempenho da Renda Variável pode acabar sofrendo muitas alterações.

Mas não se preocupe! Isso não deve ser motivo de medo e muito menos um impedimento para investir nesse tipo de mercado. Considere todos os aspectos da negociação e estude bastante antes de tomar uma decisão

Renda fixa e renda variável: diferenças

Podemos dizer que a renda fixa e renda variável são opostas. Nos ativos de renda fixa, o investidor consegue saber, ou pelo menos ter uma ideia, do quanto terá de rendimento antes mesmo de aplicar – como o próprio nome sugere. 

Como explicamos aqui, os investimentos em Renda Fixa podem ser:

  • Prefixados — ou seja, logo que você decide fazer esse investimento é possível saber exatamente qual será o retorno lá no futuro, no fim da aplicação. Por exemplo: um rendimento de 6% ao ano.
  • Pós fixados – quando o rendimento é, em parte, predefinido, mas também está atrelado a algum outro índice da economia. Por exemplo, um rendimento anual de 6% + IPCA. Nesse caso, o investidor sabe que terá um retorno de 6% mais o IPCA, que é um índice da economia. Ou seja: consegue estipular parte de seus rendimentos, mas não todos. Nesse caso, o investidor sabe que terá um retorno de 6% mais o IPCA, que é um índice da economia. Ou seja: consegue estipular parte de seus rendimentos, mas não todos. 

Além disso, por ser um investimento de menor risco, sua rentabilidade também é mais baixa.

A renda variável funciona de maneira oposta: é praticamente impossível estimar o quanto o investidor terá de rentabilidade – nem mesmo se perderá ou não dinheiro.

Em resumo, é importante considerar estes principais pontos que diferem a renda fixa e a renda variável:

Renda fixa:

  • Possui retorno calculável e mais baixo;
  • É ideal para o perfil mais conservador;
  • Tem investimentos mais simples e constante;
  • Requer menos conhecimento na área;
  • Garante mais dinheiro pelo FGC;
  • Apresenta menos riscos.

Renda variável:

  • Possui retorno imprevisível mas com maior potencial;
  • É ideal para o perfil mais agressivo;
  • Tem investimentos mais complexos e mutáveis;
  • Requer um conhecimento mais amplo na área;
  • Sem garantia de dinheiro;
  • Apresenta mais riscos.

Como funcionam os indexadores da Renda Variável?

Os indexadores são os índices que servem de suporte para reparar os valores monetários de um ativo. Os principais são:

CDI

O Certificado de Depósito Interbancário é uma taxa que determina o rendimento de vários investimentos ao longo do ano e é coletada pelas operações realizadas entre diferentes bancos. Por fatores legislativos, os bancos são obrigados a terminar o dia com caixa positivo. Portanto, essa é a taxa que eles arrecadam diariamente, se amparando nos investimentos de Renda Fixa.

Ibovespa

É o índice majoritário para a representação média das ações que estão sendo mais negociadas na Bolsa de Valores. O objetivo principal dos fundos de ações é superar a carteira do Ibovespa.

Como investir em Renda Variável?

Antes de mais nada, precisamos ter a certeza de que estamos fazendo o investimento certo. Para isso, é fundamental estudar o mercado e entender como ele funciona. Mas essa também pode ser uma tarefa fácil. Conte com a gente para te ajudar nesse momento! 

Os riscos existem e nós já estamos cientes disso. Porém, tenha em mente que os investimentos mais qualificados apresentam menos riscos de sofrerem mutações. Assim, podem acabar gerando mais lucros. Uma de nossas dicas principais é entrar no mercado com investimentos indiretos, por meio dos ETFs e Fundos de Ações. Contudo, quando você já tiver mais domínio sobre o assunto, é só aumentar a exposição na Renda Variável na sua carteira de investimentos.

Como declarar a Renda Variável no Imposto de Renda?

Ao movimentar a Bolsa, é preciso declarar o ajuste anual do Imposto de Renda. Mas os lucros ou prejuízos não são sinalizados no informe de rendimento. Eles aparecem nas notas de corretagem, que você deve solicitar para a corretora. Quando o lucro for de até R$ 20 mil por mês, você não precisa pagar nada. Se for maior do que isso, é necessário remunerar 15% dos lucros.

Investimento em renda variável: vale a pena?

Nem sempre. Os investimentos em renda variável são recomendados para quem já têm patrimônio aplicado em opções mais seguras e de menor risco e que tenham maior experiência com investimentos – além de terem também um perfil de investidor com afinidade para o risco. 

Por isso, antes de investir em renda variável, é importante dar preferência a investimentos mais seguros, como os de renda fixa – Tesouro Direto, CDBs, fundos de investimento, entre outros. E, claro: avaliar o quanto está disposto a correr risco com o dinheiro investido em algo que pode não trazer um retorno certo.

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