Taxa de câmbio do dólar, do euro, da libra… Sempre que se fala em moeda estrangeira, o termo está presente. Não é difícil entender o que é taxa de câmbio: basicamente, ela é o preço de uma moeda estrangeira em unidades da moeda nacional – no caso do Brasil, o real.
A taxa de câmbio reflete o custo de uma moeda em relação à outra, não importa quais sejam. É possível comparar a taxa de câmbio do real em relação ao dólar, em relação à libra ou a qualquer outra moeda em circulação.
Um exemplo: ao comprar dólar para viajar, a cotação encontrada é de R$ 4,15. Essa é a taxa de câmbio da moeda naquele momento.
Como a taxa de câmbio é calculada?
Diversos fatores podem aumentar ou diminuir a taxa de uma moeda estrangeira em relação a outra, mas o principal é a oferta e demanda da moeda. O dólar, por exemplo, é uma moeda forte e valorizada em relação à muitas outras pois diversas transações comerciais entre países de todo o mundo se baseiam nela.
Além disso, fatores políticos e econômicos podem tornar uma moeda mais forte ou mais fraca, influenciando o preço final da taxa de câmbio.
As taxas de câmbio são definidas a partir desses fatores e dos regimes cambiais dos países, que determinam como ela será calculada. Esses regimes podem ser de três tipos:
Regime cambial fixo
No regime cambial fixo, a autoridade monetária do país – o equivalente ao Banco Central do Brasil – determina um valor fixo de uma moeda estrangeira em relação à sua moeda nacional. Ou seja: neste caso, a conversão é garantida pelo governo local pela taxa de câmbio determinada.
O grande objetivo desse regime cambial é estabilizar o valor de uma moeda em relação à outra mais estável.
Flutuante
Este é o regime cambial em que as taxas de câmbio são determinadas sem intervenção ou controle do governo do país – no caso, somente de acordo com a oferta e demanda do mercado.
É o mercado cambial que se autorregula e controla os preços das moedas – mas, se necessário, os governos podem intervir para tentar influenciar o preço das moedas. O dólar, euro, iene e outras das moedas mais negociadas aderem ao câmbio flutuante.
Atrelado
O regime cambial atrelado é uma junção do câmbio fixo e flutuante. Na prática, isso significa que a taxa de câmbio de outra moeda varia diariamente conforme a oferta e demanda, mas dentro de faixas determinadas pelo governo. Com isso, o governo pretende manter o preço atrelado às faixas definidas.
Taxas de compra e venda
As taxas de câmbio variam conforme a operação da moeda – compra ou venda.
- Se uma pessoa física deseja comprar moeda estrangeira de alguma instituição autorizada a operar com câmbio – casas de câmbio, bancos, etc – a taxa oferecida será a de venda.
- Na situação contrária, na qual a instituição compra moeda estrangeira de pessoa física, a taxa será de compra.
No geral, a taxa de câmbio para venda sempre é mais alta – ela envolve custos de serviço, segurança, (?)
E a PTAX?
Essas cotações de compra e venda são diferentes da cotação divulgada todos os dias pelo Banco Central, a chamada Ptax, para algumas moedas – como o dólar e euro. A Ptax não é uma taxa obrigatória: ela serve como referência para as instituições financeiras que trabalham com câmbio.
Ela é calculada diariamente pelo Banco Central com base na média das taxas de compra e venda praticadas pelos bancos brasileiros. Ou seja: existem várias empresas e pessoas comprando e vendendo dólar no Brasil ao longo do dia, e Ptax é uma média dessas operações.
Aqui explicamos mais sobre ela.
Dólar Comercial e turismo
É comum se confundir na hora de comprar moeda estrangeira. Isso porque, além dos preços de compra e venda, existem também as cotações comercial e turismo das principais moedas.
Usando o dólar como exemplo:
- O dólar comercial só pode ser negociado por empresas ou instituições financeiras. Ele costuma ser mais barato justamente pelo volume das transações: como empresas ou instituições movimentam grandes quantias, o preço do dólar fica menor.
- Já o dólar turismo pode ser comprado por pessoas físicas – por exemplo, na hora de conseguir dinheiro vivo para viajar. Na prática, ele costuma ser mais caro porque, entre outras coisas, o volume negociado em cada transação costuma ser menor.
Por isso, qualquer pessoa física que decida comprar moeda estrangeira sempre pagará a cotação turismo dela.
O turismo costuma ser mais caro do que o comercial não somente por conta do volume de transações, mas também porque as casas de câmbio e instituições precisam ter lucro para cobrir seus custos e pagar as taxas relacionadas às transações.
Por isso, quando for negociar a compra de qualquer moeda estrangeira em casas de câmbio, o consumidor precisa ficar atento ao VET, o Valor Efetivo Total, que já considera todos os custos além da taxa de câmbio em si.
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