No dia 5 de maio de 2021, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a meta da taxa Selic para 3,5%. A mudança pode mexer nas taxas de juros de empréstimos, nos rendimentos de aplicações e até nos preços do supermercado.
A Selic é a taxa de juros básica da economia e influencia várias outras – ou seja, ao mexer nela, outros índices acabam sendo alterados. Por isso, ela serve como instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle: ao aumentar a meta da Selic, a intenção é subir os juros do mercado, desestimular o consumo da população e, com isso, baixar a inflação.
O BC comentou que o cenário atual para a inflação ainda conta com alguns fatores de risco. “Por um lado, o processo de recuperação econômica dos efeitos da pandemia pode ser mais lento do que o estimado”, disse o comunicado. “Por outro lado, novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que piorem a trajetória fiscal do país, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem pressionar ainda mais os prêmios de risco do país.”
Essa é a segunda vez consecutiva que o Banco Central aumenta a meta da Selic em 0,75 pontos percentuais. Em março, ela subiu pela primeira vez em seis anos. O comunicado do Copom indica a possibilidade de mais um aumento.
O que significa o aumento da Selic?
Quando a meta da taxa Selic aumenta, o impacto no cotidiano das pessoas costuma acontecer em duas frentes: o crédito fica menos acessível e os investimentos em renda fixa passam a ter rentabilidade maior.
- Crédito menos acessível: a Selic impacta juros de empréstimos, cartão de crédito, financiamentos, parcelamentos e mais vários outros. Em outras palavras, pegar dinheiro emprestado e parcelar compras fica mais caro, o que desestimula as pessoas a consumirem.
- Rentabilidade da renda fixa: investimentos que sejam atrelados a algum índice da economia (como o CDI, que acompanha a Selic) tendem a ficar mais vantajosos, já que os juros sobem.
Em outras palavras: ao aumentar a meta da Selic, o Banco Central busca diminuir a quantidade de dinheiro sendo usada para o consumo. Se a população consome menos, os preços tendem a cair, puxando a inflação para baixo.
Atualmente, a previsão de especialistas do mercado é de que a taxa Selic encerre 2021 em 5,5%. A inflação dos últimos 12 meses até março está em 6,1%, acima da meta estabelecida pelo Banco Central.
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