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“Por que saí de um...

“Por que saí de uma financeira tradicional e vim para o Nubank”

Conheça a história de Vitor Olivier, que deixou uma carreira em bancos tradicionais para ser engenheiro júnior no Nubank e, hoje, é nosso VP of Consumers.



Vitor Olivier, VP of Consumers do Nubank, sentado na beira da piscina de bolinhas roxas do Nubank

Um dos melhores conselhos que recebi na minha carreira aconteceu antes de eu sequer sonhar em ter uma carreira de fato.

Tinha 19 anos e estava no meu segundo ano de faculdade. Cursei a Universidade Duke nos Estados Unidos e, por lá, os alunos podem escolher suas especializações ao longo dos anos, conforme montam a grade de aulas. 

Estava nesse momento de decisões quando um amigo que eu admirava muito falou algo que nunca mais esqueci:

 “Escolha um curso que mude o seu jeito de pensar – e  também um que te permita construir algo com as próprias mãos”. 

Esse foi o primeiro grande conselho que recebi e que afetou diretamente as minhas escolhas profissionais.  Depois dessa conversa, decidi combinar duas graduações diferentes: economia e ciências da computação. 

Entender sobre economia muda o jeito como você pensa sobre o mundo – e uma formação em ciência da computação é, com certeza, algo que te permite construir coisas novas. Na época, não tinha um racional muito mais elaborado em cima dessa escolha – mas hoje vejo o quanto ela foi importante. 

Grande parte da inovação que vemos em produtos, empresas e ideias vem da diversidade cognitiva, da capacidade de abordar os problemas de vários ângulos diferentes.

Cada vez mais a inovação vai existir em conexões inesperadas entre assuntos – sejam eles linhas de código, conjuntura macroeconômica, Bossa Nova, vídeo games ou futebol. 

De trader em banco a engenheiro de software jr.

Quando voltei para o Brasil fui trabalhar em um banco de investimento – na época, essa era a profissão da vez da minha área e eu sabia que poderia aprender bastante em um ritmo frenético e desafiador.

No entanto, com o passar do tempo, algo começou a me incomodar. No fim de cada dia de trabalho, a única coisa que eu podia dizer que havia “feito” era dinheiro. 

Não entendam errado: toda empresa, toda instituição financeira e toda pessoa se preocupa com dinheiro. Mas, no meu caso, o único impacto do meu trabalho era gerar dinheiro para a instituição, sem de fato construir algo que eu tivesse orgulho.

No fundo, sentia falta de ter impacto maior na sociedade – algo que eu pudesse apontar pra minha família e falar: “mãe, pai, estou fazendo o mundo um pouquinho melhor!” 

Comecei a trabalhar de noite, ou no tempo livre, em projetos pessoais: criei um aplicativo de mensagens, um agregador de notícias, e até um webcomic… 

Um belo dia, em 2013, um amigo que sabia que eu gostava de programar e de criar produtos me disse: “

Tem uma pessoa incrível que você precisa conhecer”. Ele me falou sobre um tal de David que estava “fazendo algo novo” e me passou um e-mail. No caso, o “tal David” era o David Vélez, fundador do Nubank. Na época, escrevi, mas não conseguimos nos ver. 

Passaram-se meses e reencontrei esse amigo. Ele me cobrou por que eu ainda não havia falado com o David pessoalmente e me fez prometer que iria escrever de novo (uma promessa que até hoje me faz apreciar o quão fácil é perder uma oportunidade e reconhecer como tudo tem algum fator de sorte). Escrevi, mais pela curiosidade, e acabei marcando uma conversa.

Primeiro escritório do Nubank: uma casinha na Rua Califórnia, em São Paulo

O primeiro escritório do Nubank era na Rua Califórnia (não no estado americano). Passei na frente umas  vezes sem notar que aquela casinha singela era o primeiro escritório do que se tornaria a maior fintech do Brasil.  Foi lá que eu, todo engravatado no meio de uma galera de bermuda e camiseta, conheci o David e o Ed (Edward Wible, co-fundador e CTO do Nubank). Depois de duas horas falando sobre como mudar o mundo através de tecnologia, saí completamente encantado

Quando você está dentro do mercado financeiro, vê de perto a ineficiência tecnológica e o quanto os interesses dos bancos e dos clientes estão desalinhados. Na prática, a lógica era sempre: “Eu ganho mais se o cliente tiver menos.” 

Por isso, foi fácil comprar o sonho que os fundadores do Nubank me apresentaram: construir uma empresa que tinha como missão devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. A cultura, a tecnologia e o time que estava naquela casinha… Tudo fazia sentido. 

No dia seguinte, o David ligou para fazer uma proposta.

“A gente quer te convidar para o nosso time, mas não precisamos de um trader: precisamos de um engenheiro de software”.

Eu via dois caminhos: um previsível e até mesmo confortável que me levaria pra onde eu não queria chegar, e outro cheio de incertezas, riscos e desafios, mas na direção do que eu queria construir na minha vida. A escolha foi fácil: Nubank.

Pessoas X Números

Parte do time NuConta reunido no dia do lançamento

Como eu nunca havia realmente trabalhado na área, entrei no Nubank como engenheiro de software júnior ganhando um quinto do meu salário anterior. 

Comecei trabalhando em projetos ligados a finanças, mas em startup todo mundo faz um pouco de tudo. Falava com advogados, ia à reuniões de terno e gravata e, de tarde, colocava o chinelo e ficava programando. Nunca me senti limitado por nenhum cargo – ia fazendo o que precisava ser feito.  

Conforme o Nubank cresceu, me envolvi em diversos projetos e novos produtos. Em 2016, fui o fundador da NuConta, um produto que foi desenvolvido como uma startup dentro do próprio Nubank.

Criamos um time incrível com o qual aprendi e me diverti muito! Juntos conseguimos, novamente, criar um produto com um grande impacto na vida das pessoas.

Me emocionei de verdade vendo a primeira transferência da NuConta ser concluída e lendo os primeiros relatos de clientes agradecendo como nós facilitamos as suas vidas.

Também me emociono sempre que conto um pouco dessa história – em especial, quando dei uma palestra na cidade natal do meu pai, Espírito Santo do Pinhal (SP), no teatro onde ele assistia filmes de velho oeste quando tinha 8 anos de idade.

Quando eu trabalhava em banco, nunca conseguia explicar exatamente para os meus pais o que fazia. Hoje, eu não preciso explicar: as amigas da minha mãe e até o gerente de banco do meu pai usam o Nubank. Penso nisso sempre que vejo as nossas operações crescendo: a gente está lidando com pessoas – não números.  

As pessoas confiam na gente para cuidar dos seus salários e das suas economias. Em cada depósito, as pessoas estão confiando na gente para cuidar de uma parte importantíssima da vida delas. Temos que encarar essa responsabilidade com todo o respeito e seriedade que merece.

“Qual é o segredo do Nubank?”

Uma das perguntas mais frequentes que recebo em eventos é “Como o Nubank conseguiu fazer os serviços financeiros serem uma coisa cool, bacana?”.

A resposta não é muito mágica: a gente só fez o que os clientes queriam. Só respeitamos, ouvimos as pessoas e tentamos resolver problemas reais da melhor maneira possível. Isso tem a ver com cultura, com capacidade técnica e com colocar o cliente no centro da nossa estratégia. Parece loucura – mas não é.

No fundo, ou você olha ativamente para o mundo como algo que você tem a capacidade de moldar – ou você o encara passivamente como “isso sempre foi assim”. 

Hoje, no Nubank, eu tenho um privilégio enorme de conseguir moldar o futuro. Eu tenho ferramentas, pessoas e uma estratégia que me permitem fazer isso. Vou continuar usando elas para poder falar: “mãe, pai, estou fazendo o mundo um pouquinho melhor!”

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